quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Saul Leblon/ Carta Maior



27/02/2013

Pratos cuspidos e trilhos entalados


O governo vai em romaria aos grandes centros financeiros mundiais para atrair investidores interessados em construir ferrovias, estradas, portos e aeroportos no país. 

Não é um passeio. Pode ser uma cartada decisiva.

A continuidade do desenvolvimento requer algo em torno de R$ 500 bilhões em investimentos para dilatar a fronteira logística de um sistema econômico originalmente projetado para servir a 30% da sociedade. 

O Brasil corre contra o tempo, mas o momento é favorável.

O governo oferece projetos de concessão pré-esquadrejados pelo Estado.

O interesse público define as prioridades , prazos, qualidade do serviço e taxas de retorno – atraentes, diga-se, de até 15% ao ano.

Num mundo estagnado pela desordem neoliberal, com juro negativo e dinheiro embolorando no caixa das corporações, pode dar certo.

Mas a romaria que começa nesta sexta-feira não visa apenas o capital externo. 

Na verdade, destina-se também a desfechar um novo safanão no rentismo local.

Em 2012 ele já fora abalroado por um corte de 5,5 pontos na taxa da Selic.

Dilma roçou baixo o pasto gordo da renda fixa, livre, leve e líquida propiciada pelos títulos públicos.

Ainda assim a manada hesita.

Resiste em migrar dos piquetes de engorda de curto prazo para canteiros de obras de longo curso.Mesmo com taxas de retorno maiores que a do juro real da dívida pública.

A relutância não é totalmente espontânea.

Anima-a a lira musical conservadora que sassarica dando voltas no salão, a embalar expectativas de que o Brasil de Dilma vai acabar na próxima curva.

A estratégia tem lógica.

Trata-se de engessar a economia em um imenso gargalo de infraestrutura, capaz de emprestar alguma relevância ao discurso do senhor Neves, em 2014.

O governo tenta contornar a arapuca sensibilizando o investidor estrangeiro.

Mas não é o único obstáculo que enfrenta.

O país que pretende construir 10 mil kms de ferrovias nos próximos anos não dispõe de uma única fábrica de trilhos para atender a demanda prevista.

O colapso dos trilhos, curiosamente, não integra os hits da lira musical conservadora.

De todos os colapsos alardeados pelas manchetes nos últimos meses, o dos trilhos é o mais palpável.

Não como ameaça.

É a realidade desconcertante dos dias que correm.

Um trecho de 600 km da Ferrovia Norte-Sul, que ligará as cidades de Ouro Verde (GO) e Estrela D"Oeste, em São Paulo, em construção pela Valec, está com obras prestes a parar.

Por falta de trilhos, informa o insuspeito jornal Valor Econômico.

Que a fuzilaria midiática não se debruce sobre esse férreo gargalo causa espécie.

O Brasil, ao lado da Austrália, é o maior exportador de minério de ferro do mundo.

Não qualquer minério.

A mina de Carajás, no Pará, concentra a maior reserva de ferro de alto teor do planeta.

Trata-se de uma reserva nuclear rodeada pelo maior estoque de manganês do Brasil, além de ouro, dez jazidas de cobre e quatro de níquel.

Carajás, próximo de Serra Pelada, tem estoque para cerca de quatro séculos de exploração.

O paradoxo não fica nisso.

A China compra 70% do minério de ferro embarcado pelo Brasil.

E o país importa da China cada centímetro de trilho de aço de que necessita.

Quando há problema com as importações, como no caso da Valec, o comboio descarrila. 

Como entender que o senhor Neves, seus padrinhos de partido e de projeto não explorem um desconcerto que grita ao sol do meio dia?

Uma rápida recapitulação ajuda a entender o paradoxo dentro do paradoxo.

A Vale do Rio Doce, detentora da jazida de Carajás, foi privatizada por R$ 3,3 bilhões, em 1997. 

Um trimestre padrão de lucro líquido da empresa , a exemplo do 3º trimestre de 2010, pagaria o valor atualizado da transação. 

No mesmo ano de 2010, o último sob a gestão do tucano Roger Agnelli, que ocupou a presidência executiva da Vale desde 2001, a empresa exportou US$ 28 bi em minério de ferro bruto.


Fundamentalmente para a China, no valor médio de US$ 130 a tonelada.


No mesmo período o país lançou um edital internacional para adquirir 244,6 mil toneladas de trilhos.


Fundamentalmente da China e secundariamente do leste europeu.


Preço médio: US$ 864 a tonelada.


Quase sete vezes o valor do minério bruto embarcado. 


Durante seus dois governos, Lula insistiu inúmeras vezes, em público e em encontros privados, para que a Vale investisse em siderurgia e beneficiasse o minério brasileiro.


Transformando-o em trilhos.


Uma laminadora para esse fim adquire escala econômica a partir de 500 mil toneladas de trilhos ano. 


A demanda do país chegou a 496 mil toneladas em 2010 .


Ou seja, antes de deflagrar os planos que agora projetam o maior investimento ferroviário dos últimos 40 anos.


O Brasil nem sempre foi assim.


Em 1996, um ano antes de privatizar a Vale do Rio Doce , o governo Fernando Henrique Cardoso desativou também o laminador de produção de trilhos da Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN criada por Vargas. 


Fez barba e bigode.


Entregou o minério bruto e inviabilizou a agregação de valor local. 


Não foi um plano demoníaco.


Foi a pacífica convicção na complementariedade dos livres mercados.


Movia-o a fé esférica nas vantagens comparativas 'naturais' --que a história não tem direito de contrariar, conforme o credo neoliberal.


Ao Brasil cabe o que sabe fazer de melhor: raspar Carajás até o fundo do tacho. 


E abastecer o mundo.


O resto importa-se.


Acionistas da Vale nunca reclamaram dessa lógica.


Nem a mídia que agora fuzila a Petrobrás, pelos índices de nacionalização das encomendas.


Nem o colunismo que ecoa a 'pátria dos acionistas', inconformado com o desvio de dividendos da estatal para a 'irrealista' meta de construir quatro refinarias, que agreguem valor ao pré-sal.


Enquanto comandou a Vale, com a cobertura dos acionistas, da banca, da mídia amiga e dos tucanos, Roger Agnelli jamais permitiu tamanho disparate. 


Foi assim que seu nome acabou alçado à galeria dos melhores CEOs do planeta. 

Um seleto grupo de ‘matadores’ de um capitalismo reflexo, rapinoso e imediatista, em que as coisas dão certo quando tudo dá certo.

Quando dá errado, como na crise de 2008, a Vale de Agnelli foi a primeira empresa brasileira a demitir funcionários: 1.300 numa tacada.

O herói pró-cíclico deu certo esburacando o país para saciar a fome das siderúrgicas internacionais. 

Graças a sua resistência, a obra tucana de privatizar o subsolo e esfarelar a superfície industrial não se rompeu na siderurgia.

Hoje o Brasil é um paradoxo mineral: exporta ferro e vive sob a ameaça de um colapso na oferta de trilhos. 

O governo do PT teve tempo.

Poderia ter montado uma laminadora estatal de trilhos, por exemplo. Por que não o fez, cobrarão as viúvas e viúvos de Agnelli na mídia.

Porque os mesmos que agora retrucam assim – não sem razão – seriam os primeiros a disparar alarmes e sinalizadores contra 'o estatismo ineficiente e empreguista' do PT.

Ou não será exatamente como agem hoje em relação à Petrobrás e ao pré-sal? 

FHC reclama que Dilma cospe no prato fino que os seus oito anos de governo legaram ao país.

O colapso dos trilhos revela a gororoba de angu de caroço vendida como caviar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Tirado do blog Mariafrô


A chegada de Yoani em Coité e o papel do Juiz de Direito
Por: Gerivaldo Neiva * em seu blog
25/02/2013
Para quem ainda não conhece, Yoani Sánchez é cubana, apresentada por boa parte da mídia mundial como sendo uma blogueira que rompeu as barreiras da censura em Cuba e faz oposição ao regime. Pois bem, esta moça está visitando o Brasil, depois de várias tentativas de sair da Ilha, e resolveu aceitar o convite para palestrar em Conceição do Coité-Ba, comarca da qual sou o Juiz de Direito.
Sabendo da visita, os estudantes da cidade e políticos de esquerda começaram a se organizar para impedir a entrada da moça na cidade e também impedir a realização do evento. Em seguida, fui procurado pelos organizadores do evento, acompanhado de dois bons advogados, para garantir que sua convidada pudesse entrar em Coité e realizar a palestra.
Primeiro, tentei mediar um diálogo entre os estudantes e os organizadores do evento, mas não obtive êxito. Os primeiros estavam irredutíveis e não admitiam de forma alguma a presença da moça cubana em terras coiteenses e os segundos não abriam mão de realizar o evento, pois contavam com a presença de políticos famosos e convidados de toda a região.
Diante do impasse, convidei o comandante local da polícia militar e lhe determinei que garantisse, sem violências ou repressão, a realização dos dois eventos. Primeiro, preparasse uma escolta desde a entrada da cidade e conduzisse a moça cubana por onde pretendesse circular na cidade, garantindo-lhe a integridade física. Segundo, preparasse uma boa guarnição para garantir a realização do protesto dos estudantes, mesmo barulhenta, desde que não impedisse a realização da palestra. Enfim, comandante, seu papel é garantir a realização da palestra e também do protesto dos estudantes.
E decidi assim com a Constituição aberta sobre minha mesa de trabalho. O Brasil é um “Estado Democrático destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias”,conforme, escrito em seu preâmbulo; o Estado brasileiro tem como fundamentos a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político (art. 1o) e, por fim, é livre a manifestação do pensamento, a liberdade de consciência, a expressão da atividade intelectual e de reunião, dentre outras garantias previstas no artigo 5o da Constituição.
Pois bem, decidindo assim, a moça chegou à cidade sob vaias e protestos, mas teve garantido o seu direito de locomover-se em território nacional e expressar seu pensamento. Da mesma forma, garantiu-se o mesmo aos contrários ao seu pensamento.
Sabendo da minha decisão a seu respeito, para minha surpresa, fui o primeiro a receber a visita da moça cubana. Depois de alguns cumprimentos e agradecimentos, já na saída, ela me pediu uma sugestão de roteiro na cidade. Pensei um pouco e, já que tinha sido solicitado, respondi: olhe, conhecendo os que te acompanham, sei que irão te oferecer um saboroso jantar acompanhado de bons vinhos; depois, não se assuste se algum deles, para te impressionar, saque de sua caixinha um dos mais finos charutos cubanos (saudades de casa?); depois, não irão te permitir repousar em um dos hotéis da cidade, pois teu quarto de hóspede já está preparado. Então, apesar do conforto, durma pouco e acorde na madrugada para conversar com pessoas que já estão nas filas dos postos de saúde para marcar uma consulta para alguns meses, apesar da urgência do seu caso; depois, visite os bairros periféricos da cidade, completamente abandonados pelo poder público, e converse com os jovens dependentes de crack para tentar entender suas razões; mais tarde, visite a zona rural do município para ver os estragos causados pelo seca e as condições de vida dos pequenos produtores rurais e entenda que milhões de nordestinos ainda estão vivos graças aos programas sociais do governo federal; na saída, passando na cidade vizinha, visite o presídio regional e veja as condições em que vivem os presos deste país, quase todos analfabetos, sem profissão e delinquentes comuns; por fim, quando tomar a rodovia para Salvador, não deixe de visitar um assentamento do Movimento Sem Terra e então poderá entender as consequências de tantas cercas por este país… Depois disso, creio que você será capaz de entender que o Brasil não se resume aos jantares das elites, ao luxo do Congresso Nacional, a alegria do carnaval e o que divulga a mídia brasileira. Enfim, o Brasil que irão te mostrar talvez não seja o Brasil real. De qualquer forma, conte comigo para ver assegurado o seu direito de ir e vir, mas principalmente de ir e ver as contradições desse país.
Com ironia, despedi-me de Yoani: seja portadora de saudações ao Comandante Fidel e, estando em Santa Clara, deposite por mim uma flor no mausoléu de Che Guevara! Ela sorriu meio sem graça, mas não se esquivou de me apertar a mão.
* Juiz de Direito (Ba), membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e do Law Enforcement Against Prohibition (Leap- Brasil)

Nossa imprensa omite informações


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A "gastança" pública dez anos depois

.Por João Sicsú, na revistaCartaCapital:

Em 2009, o PSDB soltou uma nota em que afirmava: “o Palácio do Planalto promove uma gastança…”. Em qualquer dicionário, gastança significa excesso de gastos, desperdício. A afirmação feita na nota somente tem utilidade midiática, mas não é útil para a produção de análises e discussões sérias em torno da temática das finanças públicas brasileiras.



A dívida pública deixada para o presidente Lula era superior a 60% do PIB. O déficit público nominal era de 4,4% do PIB. Esses são os números referentes a dezembro de 2002, o último mês de Fernando Henrique Cardoso na presidência.



Gasto social total per capita

De forma ideal, a administração das contas públicas deve sempre buscar a redução de dívidas e déficits. Deve-se buscar contas públicas mais sólidas. A motivação para a busca desta solidez não está no campo da moral, da ética, da religião ou do saber popular que diz “não se deve gastar mais do que se ganha”.

A motivação está no aprendizado da Economia. Aprendemos que o orçamento é um instrumento de combate ao desaquecimento econômico, ao desemprego e à falta de infraestrutura. Contudo, o orçamento somente poderá ser utilizado para cumprir estas funções se houver capacidade de gasto. E, para tanto, é necessário solidez e robustez orçamentárias.

A ideia é simples: folgas orçamentárias devem ser alcançadas para que possam ser utilizadas quando a economia estiver prestes a provocar problemas sociais, tais como o desemprego e a redução de bem-estar. Portanto, a solidez das contas públicas não é um fim em si mesma, mas sim um meio para a manutenção do crescimento econômico, do pleno emprego e do bem-estar.

A contabilidade fiscal feita pela equipe econômica do governo do presidente Lula mostrou como essas ideias podem ser postas em prática. Houve melhora substancial das contas públicas que resultaram da boa administração durante o processo de aceleração das taxas de crescimento. O presidente Lula entregou à presidenta Dilma uma dívida que representava 39,2% do PIB. Ao final de 2012, a dívida foi reduzida ainda mais: 35,1% do PIB. O presidente Lula entregou para a sucessora um orçamento com déficit de 2,5% do PIB. Ao final de 2012, este número foi mantido.

Foi essa administração fiscal exitosa que deu ao presidente Lula autoridade política e solidez orçamentária para enfrentar a crise de 2009, evitando que tivéssemos uma profunda recessão e uma elevação drástica do desemprego. No ano de 2009, a relação dívida/PIB aumentou para 42,1% e o déficit público nominal foi elevado de 2% para 3,3% do PIB. Em compensação, naquele ano de crise, foram criados mais de 1,7 milhão de empregos formais e o desemprego subiu apenas de 7,9%, em 2008, para 8,1%, em 2009.


Dívida líquida do setor público

Em paralelo à consolidação fiscal, os governos dos presidentes Lula e Dilma promoveram ampliação dos gastos na área social. A área social engloba: educação, previdência, seguro desemprego, saúde, assistência social etc. O investimento social per capita cresceu 32% em termos reais entre 1995 e 2002. De 2003 a 2010, cresceu mais que 70%. Cabe ser destacado que mesmo diante da fase mais aguda da crise financeira internacional de 2008-9 os investimentos sociais não foram contidos – a partir de 2009, houve inclusive uma injeção adicional de recursos nessa área.

Os números não são refutáveis. São estatísticas oficiais organizadas por milhares de técnicos competentes. O Estado brasileiro está consolidado em termos de responsabilidade com a geração de estatísticas. No Brasil, não há maquiagem ou ocultação de dados. Portanto, temos elementos para fazer análises consistentes das finanças públicas que dispensam a utilização de termos midiáticos jogados ao ar: gastança! Nos últimos dez anos não houve gastança, houve organização fiscal. Houve também aumento significativo de gastos na área social. Essa é a radiográfica precisa dos números.

Saul Leblon no Carta Maior


25/02/2013

Crise e síndrome de Estocolmo (*)

O conservadorismo gostaria de impor a Dilma no Brasil a mesma receita adotada por Mário Monti na Itália.

Equivalente a que os republicanos querem enfiar goela abaixo de Obama nos EUA.

A mesma purga que o comissariado do euro aplica contra as populações da Espanha, Portugal, Grécia, Bélgica etc.

Com as consequências sabidas. 

As urnas revelaram nesta 2ª feira que os italianos preferem Berlusconi ao tecnocrata querido dos mercados. 

Na zona do euro, à exceção da Alemanha, a economia tornou-se uma usina de pobreza, êxodo, despejos, fome e demissões. 

Nos EUA as grandes corporações tem quase US$ 1 trilhão em caixa, mas o desemprego não encoraja investimemtos.

Antes da implosão neoliberal, o fluxo financeiro das corporações somava um déficit equivalente a 3,7% do PIB.

Agora, acumula um superávit de aproximadamente 5% dele. 

O dinheiro ocioso queima como batata quente.

Não há muito o que fazer com ele.

A taxa de juros é negativa; as bolsas de commodities andam de lado. 

A mais lenta recuperação do nível de emprego da história das recessões norte-americanas faz o resto. 

Não há razões para ampliar capacidade produtiva quando a demanda rasteja sob o peso de 8% de taxa de desemprego.

Uma anemia que promete resistir por muito tempo.

Mesmo quem trabalha empobreceu.

O patrimônio das famílias perdeu mais de um terço do valor na recessão.

Quase 90% das riquezas geradas no período seguinte foram drenadas para 1% da população.

Para o caixa das grandes corporações,em especial, onde ardem como batata quente.

A queimadura pode se agravar.

A ortodoxia republicana dobra a aposta no veneno: cobra de Obama o corte de US$ 100 bi em gastos fiscais.

A partir de março.

Outro facão deve decepar mais US$ 1,2 trilhão até o final da década, 'para ajustar as contas do Estado'.

Na jaula pequena da estagnação o que mais prospera é o canibalismo.

A onda de fusões e aquisições em marcha reflete o estreito repertório de opções para o dinheiro graúdo.

Grandes corporações se vampirizam na luta de conquista pela liderança dos mercados quando a crise acabar.

Os avanços tecnológicos compõem a outra jugular em disputa.

Invenções e saltos tecnológicos permitem roubar demanda velha no mercado estagnado. E capturar demanda fresca nas nações em desenvolvimento.

No euro ou nos EUA, o cachorro morde o próprio rabo.

Obama quer regenerar o tônus da economia injetando-lhe alguma expansão de demanda. 

Elevando o salário mínimo, por exemplo, dos atuais US$ 7,25 por hora para US$ 9/h.

Há razões sólidas para isso:

a) nos últimos 40 anos de supremacia neoliberal, o piso salarial norte-americano foi corrigido abaixo da inflação;

b) a atual capacidade de compra do salário mínimo nos EUA é inferior a que existia nos anos 60.

Entende-se por que a crise escava o fundo do abismo. Ele já havia se instalado no metabolismo da sociedade há décadas.

Falcões republicanos dão de ombros e insistem: a chave é o corte do gasto público.

Como se os mercados pudessem se erguer pelos próprios cabelos.

À margem da demanda agregada; sem consumo ou investimento.Público ou privado.

O ambiente internacional carrega assustadora transparência.

Serviria como antídoto ao clamor ortodoxo que prescreve o mesmo óleo de rícino para os desafios do Brasil.

Mas a vacina não age. 

Os canais de transmissão do debate seccionam as interações entre o noticiário internacional e os acontecimentos locais. 

A economia brasileira emite sinais contraditórios.

Vive-se um momento decisivo. 

O investimento ainda se arrasta.

Mas o vigor persistente da demanda e as medidas de incentivo do governo esboçam uma retomada que o jogral conservador quer abortar. 

A qualquer preço. De preferência, com um choque de juros. Para 'cortar a inflação pela raiz'.

A 'raiz' é a demanda popular.

Como se o país que arrastou mais de 50 milhões de cidadãos para fora da pobreza e criou um dos mercados de massa mais pujantes do planeta, pudesse se desfazer desse trunfo e dizer:

"Senhoras e senhores, a viagem acabou; aguardem no meio-fio até passar o próximo bonde da história”.

A viabilidade política dessa baldeação regressiva é zero.

Mas falta o debate consequente que liberte o próprio governo dos termos da equação imposta pela ortodoxia: mais inflação ou menos crescimento. 

Falta o governo livrar-se da 'síndrome de Estocolmo' em relação à mídia dominante. E entender que a informação (plural) é um ingrediente tão importante de um ciclo de desenvolvimento quanto a queda dos juros.

A ver. 

-----
(*)A expressão 'Síndrome de Estocolmo' designa um tipo de perturbação psicológica desenvolvida por vítimas de sequestro, que passam a nutrir sentimento de lealdade em relaçao a seus algozes.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

do Blog do Miro


Cuba, seu povo, seus sonhos

Por Mauro Santayana, em seublog:

Podemos discordar do regime político de Cuba, que se mantém sob o domínio de um partido único. Mas é preciso seguir o conselho de Spinoza: não lisonjear, não detestar, mas entender. Entender, ou procurar entender. A história de Cuba – como, de resto, de quase todo o arquipélago do Caribe e a América Latina – tem sido a de saqueio dos bens naturais e do trabalho dos nativos, em benefício dos colonizadores europeus, substituídos depois pelos anglossaxões.

E, nessa crônica, destaca-se a resistência e a luta pela soberania de seu povo não só contra os dominadores estrangeiros, mas, também, contra seus vassalos internos.
Já se tornou lugar comum lembrar que, sob os governos títeres, Havana se tornara o maior e mais procurado bordel americano. A legislação, feita a propósito, era mais leniente, não só com o lenocínio, e também com o jogo, e os mais audazes gangsters de Chicago e de Nova Iorque tinham ali os seus negócios e seus retiros de lazer. E, mais: as mestiças cubanas, com sua beleza e natural sensualidade, eram a atração irresistível para os entediados homens de negócios dos Estados Unidos.
A Revolução Cubana foi, em sua origem, o que os marxistas identificam como movimento pequeno burguês. Fidel e seus companheiros, no assalto ao Quartel Moncada – em 1953, já há quase 60 anos - pretendiam apenas derrocar o governo ditatorial de Fulgencio Batista, que mantinha o país sob cruel regime policial, torturava os prisioneiros e submetia a imprensa à censura férrea. A corrupção grassava no Estado, dos contínuos aos ministros. O enriquecimento de Batista, de seus familiares e amigos, era do conhecimento da classe média, que deu apoio à tentativa insurrecional de Fidel, derrotada então, para converter-se em vitoria menos de 6 anos depois. Os ricos eram todos associados à exploração, direta ou indireta, da prostituição, disfarçada no turismo, e do trabalho brutal dos trabalhadores na indústria açucareira.
Foi a arrogância americana, na defesa de suas empresas petrolíferas, que se negaram a aceitar as novas regras, que empurrou o advogado Fidel Castro e seus companheiros, nos dois primeiros anos da vitória do movimento, ao ensaio de socialismo. A partir de então, só restava à Ilha encampar as refinarias e aliar-se à União Soviética.
Os americanos, sob o festejado Kennedy – que o reexame da História não deixa tão honrado assim – insistiram nos erros. A tentativa de invasão de Cuba, pela Baía dos Porcos, com o fiasco conhecido, tornou a Ilha ainda mais dependente de Moscou, que se aproveitou do episódio para livrar-se de uma bateria americana de foguetes com cargas atômicas instalada na Turquia, ao colocar seus mísseis a 100 milhas da Flórida, no território cubano.
A solução do conflito, que chegou a assustar o mundo com uma guerra atômica, foi negociada pelo hábil Mikoyan: Kruschev retirou os mísseis de Cuba e os Estados Unidos desmantelaram sua bateria turca, ao mesmo tempo em que assumiram o compromisso de não invadir Cuba – mas mantiveram o bloqueio econômico e político contra Havana. Enfim, ganharam Moscou e Washington, com a proteção recíproca de seus espaços soberanos – e Cuba pagou a fatura com o embargo.
O malogro do socialismo cubano nasceu desse imbróglio de origem. Tal como ocorrera com a Rússia Imperial e com a China, em movimentos contemporâneos, o marxismo serviu como doutrina de empréstimo a uma revolução nacional. O nacionalismo esteve no âmago dos revolucionários cubanos, tal como estivera entre os social-democratas russos, chefiados por Lenine e os companheiros de Mao.
Os cubanos iniciaram reformas econômicas recentes, premidos, entre outras razões, pelo fim do sistema socialista. Ao mesmo tempo tomaram medidas liberalizantes, permitindo as viagens ao exterior de quem cumprir as normas habituais. É assim que visita o país a dissidente Yoani Sánchez (que mantém seu blog na internet de oposição ao governo cubano). Ocorre que ela não é tão perseguida em Havana como proclama e proclamam seus admiradores. Tanto assim é que, em momento delicado para a Ilha, quando só pessoas de confiança do regime viajavam para o Exterior, ela viveu 2 anos na Suíça, e voltou tranquilamente para Havana.
É sabido que ela mantém encontros habituais com o escritório que representa os interesses norte-americanos em Cuba, como revelou o WikeLeaks. Há mais, ela proclama uma audiência que não tem, como assegura o sistema de registro mais confiável, o da Alexa.com. (citado por Altamiro Borges em seu site) em que ela se encontra no 99.944º lugar na audiência mundial, enquanto o modesto jornal O Povo, de Fortaleza, se encontra na 14.043ª posição, ou seja dispõe de sete vezes mais seguidores do que Yoani. Há mais: ela afirma que tem 10 milhões de acessos por mês, o que contraria a lógica de sua posição no ranking citado. O site de maior tráfego nos Estados Unidos é o do New York Times, com 17 milhões de acessos mensais.
Apesar de tudo isso, deixemos essa senhora defender o seu negócio na internet. É seu direito dizer o que quiser, mas não podemos tolerar que exija do Brasil defender os direitos humanos, tal como ela os vê, em Cuba ou alhures. Um dos princípios históricos do Brasil é o da não interferência nos assuntos internos dos outros países. O problema de Cuba é dos cubanos, que irão resolvê-lo, no dia em que não estiverem mais obrigados a se defender da intervenção dos estrangeiros, que vêm sofrendo desde que os espanhóis, ainda no século 16, ali se instalaram. Foram substituídos pelos Estados Unidos, depois da guerra vitoriosa de Washington contra o frágil governo da Regente Maria Cristina da Espanha. Enfim, o generoso povo cubano, tão parecido ao nosso, não teve, ainda, a oportunidade de realizar o seu próprio destino, sem as pressões dos colonizadores e seus sucessores.
Dispensamos os conselhos da Sra. Sánchez. Aqui tratamos, prioritariamente, dos direitos humanos dos brasileiros, que são os de viver em paz, em paz educar-se, e em paz trabalhar, e esses são os direitos de todos os povos do mundo. Ela, não sendo cidadã de nosso país, não deve, nem pode, exigir nada de nosso governo ou de nosso povo. Dispensamos seus avisos mal-educados e prepotentes, e esperamos que seja festejada pela direita de todos os países que visitará, à custa de seus patrocinadores (como o Instituto Millenium), iludidos pelo seu falso prestígio entre os cubanos.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Blog da Maria Frô; muito bom


Se você quer discutir Cuba ignorando o óbvio procure outro interlocutor

fevereiro 23rd, 2013 by mariafro
Respond

No Facebook cheguei a ler reacionário dizendo que nos tempos de Fulgêncio Batista a economia e a medicina em Cuba eram incríveis, sério, só não printo e colo aqui para não expor ainda mais a figura. Como li outras sandices do mesmo estilo resolvi estabelecer alguns critérios com aqueles que dizem querer preservar o debate, vamos lá
Se você branquim  discute Cuba:
1) sem considerar o criminoso bloqueio dos EUA aquela pequena ilha,
2) reproduzindo factóide que nem a ANISTIA INTERNACIONAL endossa como dizer que o regime pratica  ’tortura’ em presos políticos e seus dissidentes etc e finge que não viu a ‘bloqueira’ ao lado de Bolsonaro, aquele que acha que os torturadores que não pouparam nem bebês de choque elétricos, erraram em deixar vivos os opositores à ditadura!!!!
3) ignorando o que os Estados Unidos o maior apoiador desta ‘bloqueira’ está fazendo com Julian Assange e Bradley Manning;
4) ignorando o sistema político da ilha,
5) ignorando que mesmo com o bloqueio criminoso dos EUA Cuba tem uma medicina acessível a todos e invejável (você reaça que está na linha do câncer de próstata beije os cubanos na boca); tratamento de câncer, produção de vacinas, que ELIMINOU o trabalho infantil,
6) e que por último transforma esta senhora energúmena que é megafone do discurso detrator dos EUA contra Cuba, em heroína contra a “ditadura”, faça-me um favor, vá plantar, colher e empilhar coquinho na descida que eu tenho mais que fazer que ler bobagens.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Interesse particular ou poder pelo poder ?


OS LIMITES DA PÁTRIA



por Mauro Santayana

É difícil saber se a Sra. Marina Silva é uma pessoa ingênua e de boas intenções, ou se optou, conscientemente, por defender os interesses das grandes potências que, sob o comando de Washington, exercem o solerte condomínio econômico do mundo e pretendem o absoluto império político. Há uma terceira hipótese que, com delicadeza, devemos descartar: desmesurada ambição de poder, sem as condições concretas para obtê-lo e exercê-lo.

Os admiradores lembram sempre sua  origem modesta, o que não quer dizer tudo, mas não podem, com a mesma convicção, dizer que ela tenha mantido, ao longo da carreira, o que os marxistas chamam “consciência de classe”. Suas alianças são estranhas a esse sentimento. Ela se tornou uma figura homenageada pelos grandes do mundo, mas, sobretudo, do eixo Washington-Londres. Se ela mantivesse a consciência de classe, desconfiaria desses mimos. Para dizer a verdade, nem mesmo seria necessária a consciência de classe: bastaria a consciência de pátria.

A Sra. Silva, como alguns outros brasileiros que se pretendem na esquerda, é uma internacionalista. O meio ambiente, que querem preservar tais verdes e assimilados, não é o do Brasil para os brasileiros, mas é o do Brasil para o mundo. Quando a Família Real Inglesa e os círculos oficiais e financeiros norte-americanos cercam a menina pobre dos seringais de homenagens, usam de uma astúcia velha dos colonialistas, e fazem lembrar os franceses na aliança com a Confederação dos Tamoios, e os holandeses em suas relações com Calabar. 

Os tempos mudam, os interesses de conquista e domínio permanecem, com sua própria dinâmica e solércia. Os limites intransponíveis da razão política são os da pátria. Todos os devaneios são admissíveis, menos os que comprometam a soberania nacional.  Não são apenas os estrangeiros que adoçam os sonhos da defensora da natureza. São também brasileiros ricos e conservadores que, é claro, procuram dividir a cidadania, para que  fiéis servidores políticos mantenham sua posição no Parlamento e nos outros poderes. Há informações de que  grande acionista de banco poderoso se encarregou das despesas do espetáculo de lançamento do partido de dona Marina, que não quer ser chamado de partido. E não se esqueça de que quem sempre a financiou é um industrial enriquecido com a biodiversidade amazônica. 

Não há coincidências em política. Os mentores da Sra. Silva querem que seu movimento, como ela anunciou, não seja de direita, nem de esquerda, e muito menos de centro – que é o equilíbrio pragmático entre as duas pontas do espectro. É interessante a ilogicidade da proposta. Como é possível dissociar a ideologia da política e, ainda mais, a ideologia do viver cotidiano? Esquerda e Direita existem na vida dos homens desde as primeiras tribos  nômades, e são facilmente identificáveis na postura solidária de alguns e no egoísmo de outros. Sempre que pensamos em igualdade, somos, menos ou mais, de esquerda; sempre que pensamos na superioridade, de qualquer natureza, de uns sobre os outros, estamos na direita.  Mais ainda: idéia é a imagem que construímos previamente na consciência, seja a de um objeto, seja a de uma conduta social e política. 

Não é possível viver sem um lado. A doutrina da mal chamada Rede (apropriação apressada e ingênua do mundo da internet, que é um meio neutro) oferece essa aporia: é um partido sem partido, uma realidade sem geometria, uma idéia sem idéia.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Os golpes da imprensa contra o Corinthians


OS GOLPES DA IMPRENSA ROSA

Fala Fiel!

Em parceria com o Will, do Blog do Will2S, o Blog do Fiel Corinthiano agora contará com uma página fixa chamada Imprensa Rosa, onde ficará registrado todos os ataques da imprensa rosa contra o Corinthians! 

O Blog do Will2S já tem como tradição fazer essas denúncias em seus posts, mas o convidei a criar uma página fixa com esse tema, pois é muito importante que a torcida NUNCA SE ESQUEÇA do que a imprensa é capaz de fazer com nosso time e sua torcida!

Sempre que possível será adicionado mais conteúdo, e conto com a ajuda de vocês para ir coletando mais informações pertinentes. Afinal, difamações, mentiras, insinuações, ataques e etc, não faltam. Rotulei os sites que também rotulam nosso sagrado estádio.

Se você tem um blog/site, fique à vontade pra copiar todo o conteúdo desta página e publicá-lo em seu blog. Não precisa nem citar a fonte. O objetivo é ajudar na divulgação destes que formam uma imprensa tão tendenciosa, tão anti Corinthians, tão abutre, tão parasita, tão rosa.    

FOLHA DE SÃO PAULO


1 - ROTULANDO A ARENA CORINTHIANS
Nenhum veículo da imprensa prejudica tanto os naming rights da nossa Arena quanto o grupo Folha - inclua neste grupo o UOL. Sempre tratando a Arena Corinthians como Itaquerão, são responsáveis pela propagação do apelido que muito provavelmente espanta as empresas e prejudica as negociações.

Há pessoas que não acreditam que um apelido possa atrapalhar, mas atrapalha. Veja por exemplo a entrevista do Márcio Alaor, vice-presidente do banco BMG, à revista "Isto É Dinheiro", onde contou que foi procurado pela diretoria do SCCP para comprar os direitos do nome do estádio, mas não aceitou. "O Itaquerão vai ser sempre Itaquerão. Ninguém vai chamar o estádio de BMGzão". Será que só o BMG pensa assim? Acho que não.

Não feliz por emplacar a Arena Corinthians como Itaquerão, a Folha foi além: conseguiu rotulá-lo de Crackerão - uma alusão aos usuários de crack, que segundo a Folha, residiam no terreno. 

Momento em que a Folha rotula a Arena Corinthians de Crackerão no vídeo
A matéria completa pode ser vista neste link e também no no vídeo abaixo:


2 - ENQUETE PROVOCATIVA

A Folha, ainda não contente, resolveu fazer uma enquete, na qual ela inventou novos apelidos provocativos: Isentão e Lulão  A grande maioria, evidentemente votou em Arena Corinthians, mas isto não quis dizer nada pra Folha, que aliás, continua chamando o estádio de Itaquerão. A enquete pode ou podia ser acessada por este link. Abaixo uma reprodução da mesma.


3 - QUE SE DANE A OPINIÃO DOS TORCEDORES

A Folha respondeu um protesto dos corinthianos nas redes sociais em uma pequena coluna da Ombuldsman. Cravando no final que ela está certa e não é problema dela se o apelido desvaloriza ou não o naming rights. além de chamar de "engraçadinha" a enquete com os apelidos de Isentão e Lulão. Confira a coluna, na íntegra, abaixo:
   
Fúria Corintiana (Coluna do Ombudsman na edição de 23/10/11)
 
OS CORINTIANOS estão felizes porque seu estádio sediará a abertura da Copa-2014, mas bravos com a Folha, que insiste em chamar o estádio de "Itaquerão".
Foram 113 e-mails, 80% idênticos, exigindo que o jornal e o site abram mão desse apelido e usem"Arena Corinthians" ou "Arena Itaquera", enquanto o nome definitivo não é escolhido.
Trata-se de uma corrente que começou no blog de um torcedor, passou para o site "Meu Timão" e ganhou forças nas redes sociais. "Além de ser pejorativo, é prejudicial. O Corinthians pretende vender o nome do estádio para alguma empresa e fica difícil se acharem que ele será conhecido por um apelido", diz o autor da campanha, o técnico em eletrônica William Sena, 27, ex-morador de Itaquera, hoje na zona sul.
A direção do clube concorda com esse diagnóstico. Na quinta-feira passada, o presidente do Corinthians, Andres Sanchez, mandou um "cala a boca, Galvão" ao vivo. Ao lhe perguntar se o estádio, "na voz do povo", vai se chamar "Itaquerão" ou "Fielzão", o locutor ouviu: "Se você fizer o cheque de R$ 400 milhões, chamo de Arena Galvão Bueno".
A quantia é o que a diretoria alvinegra sonha arrecadar com a venda do "naming rights" - o direito de batizar o lugar com o nome de uma empresa - e que ajudaria a cobrir o custo de R$ 1 bilhão da obra.
A fúria corintiana cresceu desde que a Folha.com criou uma enquete engraçadinha propondo que o internauta escolhesse o melhor nome e incluiu entre as alternativas "Fielzão", "Isentão" e "Lulão". Mais de 12 mil pessoas já votaram. Um torcedor retrucou: "Que tal chamar a Folha de de 'Folhão', 'Especulação', 'Jornalzão' ou 'Desfolhada'"?     
"Itaquerão" não é uma exclusividade da Folha, praticamente toda a imprensa usa o apelido, mas a corrente foi direcionada para cá, porque "a repercussão de vocês é gigante", na definição do psicólogo corintiano Diego Morgado Jorge, 31.
A editoria de Esporte argumenta que o apelido não é ofensivo e segue a tradição de chamar as arenas pelos locais onde estão (Morumbi, Parque Antarctica, Maracanã).
O publicitário Washington Olivetto, 60, um dos autores do livro "Corinthians - É Preto no Branco", não concorda com seus colegas de torcida. "Não vejo nada de pejorativo em 'Itaquerão', é até uma manifestação de preconceito de quem acusa. Mas só saberemos como o lugar será chamado quando a obra estiver pronta. Nomes de estádio surgem do próprio povo", diz.
Não é agradável descontentar a Fiel, que forma a maior torcida da cidade - 33% dos paulistanos, segundo pesquisa Datafolha de agosto - , mas o jornal está certo.
"Itaquerão" não é ofensivo e o risco de vir a atrapalhar a venda de "naming rights" não pode ser um problema da imprensa. É melhor esses torcedores buscarem outra bandeira.


4 - PREVISÃO FURADA NA COPA SÃO PAULO 2012

A bola nem tinha começado a rolar e a Folha já dava o Timãozinho como derrotado. Fizeram notícias afirmando que o que veriamos na Copa São Paulo de Juniores seria a mostra do fracasso das categorias de base do Corinthians. O Timãozinho foi taxado de abandonado. A Falha de SP adora apelidos.

Mas o Timãozinho foi vencendo. Vencendo e convencendo! O time queridinho do jornal ficou pra trás, não passando nem da primeira fase. Segundo o presidente do time rosa, perderam pra um time de "catados". Coube ao jornal torcer contra o Timãozinho. Não deu certo. Timão campeão.

Ainda se baseando em previsões, adivinhações, suposições, especulações, chutômetros e etc, disse pro corinthiano não se animar, pois daquele time campeão, nenhum jogador subiria. Erraram de novo.

Falhas em cima de falhas da Falha de SP. Tiveram que se desculpar, porém, lá numa coluna que nem de esportes era. É cara deles se desculparem em pequenas notas. Vejam a coluna da ombuldsman da Falha de SP entitulada de "O fracasso que não veio":

SUZANA SINGER ombudsman@uol.com.br @folha_ombudsman

O fracasso que não veio
A caixinha de surpresas do futebol aprontou com a Folha. No início deste mês, o caderno "Esporte" decretava na capa: "Abandono". "Copa São Paulo de futebol Júnior, que começa hoje, escancara o fracasso das categorias de base do Corinthians na administração Andres Sanchez."
Só que os "menores abandonados" do Parque São Jorge venceram o campeonato que revelaria o seu desamparo. No final de uma campanha que o próprio "Esporte" reconheceu como "irretocável" -oito vitórias em oito jogos-, o Corinthians bateu, na quarta-feira passada, o Fluminense em um Pacaembu lotado.
No dia da partida, o caderno continuava especulando: afirmava que os torcedores não deveriam ter esperança de ver os destaques da base reforçando a categoria principal, porque o Corinthians prefere "torrar dinheiro em contratações e ignorar os talentos lapidados no próprio quintal".
A tese durou apenas 24 horas. Na quinta-feira, a reportagem sobre a vitória enumerava cinco jogadores cotados para subir e dizia que "os frutos dessa conquista devem aparecer em breve entre os profissionais corintianos".


UOL


1 - UOL DISTORCE TRADUÇÃO PARA CHAMAR CORINTHIANS DE TIME REGIONAL E ESQUERDISTA
O lixUOL distorceu uma tradução do Daily Mail pra atacar o Corinthians e deixar com que a culpa caísse sobre o jornal britânico. Não feliz, fez como a parceira Falha SP e criou uma enquete bem provocativa depois. A molecagem do lixUOL foi parar no Observatório da Imprensa. O Observatório da Imprensa resumiu esta matéria tendenciosa do lixUOL de forma tão pertinente que é melhor conferir tudo na íntegra abaixo do que tentar um novo resumo. Confira:  
 
UOL distorce tradução sobre o Corinthians

Texto de Walter Falceta Jr. em 21/07/2011 da edição 651 do Observatório da Imprensa

Às 19h12 de 13 de Julho, o UOL, provedor de conteúdo digital da Folha da Manhã, empresa que edita a Folha de S. Paulo, despertou em parte de seu público uma dúvida: a opção pelo equívoco em suas traduções resumidas deriva de improbidade ou de ignorância?
Em pouco mais de 1,8 mil caracteres, alinhados na seção de esportes, o portal transformou em polêmica notícia a reação do britânico Daily Mail à proposta do Corinthians pelo atacante argentino Carlos Alberto Tévez, atualmente atleta do Manchester City.
 A matéria de Dan Ripley, publicada no dia anterior, tinha pouco mais de 6,5 mil caracteres e procurava informar o leitor sobre o clube brasileiro que se dispunha a gastar, até aquela data, mais de 40 milhões de euros na transferência do atleta. O título é este: Are Corinthians right for Tevez? Sportsmail looks at the Brazil side chasing Carlos.
  O texto cita a ótima campanha do alvinegro paulista no Campeonato Brasileiro, os planos para a construção de um estádio para 68 mil torcedores e ensina que o nome do clube se constitui em homenagem ao Corinthian inglês, que excursionou pelo país em 1910.
  Em seguida, o jornalista faz uso de 322 caracteres para lembrar da façanha de janeiro de 2000, quando a agremiação conquistou o primeiro Mundial de Clubes da FIFA. Ripley afirma que os torcedores do Manchester United têm uma razão para se lembrar do time de Dida, Edu e Freddy Rincón.
  O texto reconta a história do torneio: United and Real Madrid failed to even reach the final as Corinthians defeated national rivals Vasco da Gama on penalties.
  Em seguida, afirma que o clube tem 26 títulos paulistas, naquela que o autor classifica como “Brazil’s strongest region of football”. Completa o parágrafo afirmando que seus rivais Palmeiras, Santos e São Paulo têm mais campeonatos nacionais. Em seguida, porém, lembra que o Corinthians conquistou três vezes a Copa do Brasil.
  O Daily Mail destaca a rivalidade local e o papel dos trabalhadores imigrantes na fundação da agremiação. Por conta dessas raízes, o clube é considerado pelo autor como “historically left-wing”. O jornalista ainda aponta Sócrates como o principal ídolo do alvinegro (an inspiration on-and-off the pitch), além de citar outros craques, como Rivellino e Ronaldo.
Em um texto direto, sem artifícios de exaltação, recorda também dos problemas gerados pela parceria com a MSI (Media Sports Investment), do rebaixamento para a Série B, em 2007, e da traumática desclassificação para o colombiano Tolima, na Libertadores de 2011.
No entanto, ao apresentar o rico material dos colegas britânicos, o UOL escolheu o seguinte título para sua própria matéria“Ingleses fazem guia sobre o Corinthians: time regional e esquerdista”.
  Os leitores familiarizados com o futebol sabem muito bem o que significa chamar um time de “regional”. Significa que não tem qualquer expressão nacional e internacional. Soa, quase sempre, como um insulto.
  No atual jornalismo de reprodução e tradução, primo do famigerado sistema “gilette press”, o instrumento mais utilizado é a pinça. Quase sempre, ela é manipulada para atender aos interesses políticos e ideológicos da empresa de comunicação ou de seus colaboradores jornalistas.
Nesses casos, separa-se meticulosamente o que possa humilhar, desqualificar ou criminalizar a personalidade ou instituição em foco no texto estrangeiro. Se não há algo realmente desabonador, exagera-se na apresentação de eventuais vícios ou defeitos da vítima. Em casos extremos, recorre-se à farsa da invenção.
 O UOL afirma que “o Corinthians não é muito conhecido na Europa”. E para justificar essa troça introduz a expressão “regional” no título de sua matéria. A expressão – reafirme-se – não foi utilizada no material do Daily Mail. O termo “region”, acima exposto no contexto original, aparece apenas para valorizar o futebol paulista.
  No material que não recebe assinatura, exceto um anônimo “UOL Esporte”, frauda-se com descaro a linha de raciocínio e a argumentação da fonte noticiosa. A importância do Mundial de 2000 é reduzida. Em seu lugar, ganha espaço o lugar-comum do escárnio, a tentativa de desqualificação da instituição-personagem.
 No dia 14, o UOL voltou à carga. Em sua primeira página, estampou, sob a imagem de Tevez, em vermelho, a pergunta “Quantas Libertadores ganhou?”. Abaixo, noticia um quiz sobre o Corinthians publicado pelo Guardian, também britânico. São dez perguntas, e o UOL pinçou a que lhe convinha para exercitar o jornalismo de molecagem.
 
O jornal como peça de provocação
Neste caso particular, o trabalho de desconstrução da verdade exibe-se na cancha da cobertura esportiva. O paradigma do esculacho, no entanto, tem sido reproduzido em outras editorias dos principais jornais. Para definir esse comportamento, vale recorrer à expressão “complexo de vira-lata”, cunhada pelo dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues em suas reflexões sobre o futebol e a cultura nacional.
  Qualquer retalho de letras norte-americano ou europeu que condene, critique ou insulte o Brasil e os brasileiros ganha imediatamente destaque na grande imprensa paulista, especialmente quando reproduz os mitos que nos atribuem imperfeições natas associadas aos conceitos de inferioridade e incompetência.
Vige a regra, por exemplo, de que o país não pode exercer sua soberania, exceto se os movimentos da Justiça ou da diplomacia seguirem a reboque das velhas potências.
 Nada mais natural, portanto, que a ascensão de um clube de origem popular seja vista como anátema pelos escribas da Barão de Limeira. Em sua obra cotidiana de zombaria esportiva, o UOL despreza os mais elementares princípios do jornalismo, assim como logra seus leitores, muitos deles consumidores pagantes dos serviços de seu provedor.
  Os jornalistas bem podiam investir a energia da caçoada em serviço informativo. Gerariam mais valor se explicassem o porquê da referência ao “esquerdismo” corinthiano.
  Anotariam um tento de comunicação se contassem, por exemplo, que o alvinegro não tem origem no proselitismo marxista, mas sim no anarquismo operário, essencialmente mutualista, que mobilizava as multidões do bairro do Bom Retiro, há um século.
  Teriam explicado que esse caráter universalista foi responsável pela mistura de tanta gente distinta, dos carroceiros italianos aos negros do serviço braçal, das costureiras espanholas aos comerciantes sírios e libaneses da Rua 25 de Março, dos japoneses bananeiros do Mercadão aos valentes nordestinos importados pela construção civil.
  Um jornalismo culto e responsável mostraria que outros clubes carregam esse ethos popular na cena esportiva brasileira. É o caso do carioca Vasco da Gama (instituição que foi fundamental na luta contra o racismo no Brasil), do pernambucano Santa Cruz , do cearense Ferroviário e do gaúcho Internacional, entre outros.
  
Atenção ao próprio rabo
Nas páginas dos principais diários, sobra indignação quando a paixão do futebol se converte em conflito e violência. A mídia nunca se vê, no entanto, como generosa fornecedora do combustível para esse tipo de embate bestial. Basta uma passada de olhos pelos comentários abaixo das matérias para se ter noção clara das calamidades que esse tipo de jornalismo patrocina.
  A cultura pop oferece várias leituras dos embaraços gerados pelo desconhecimento da língua e do pensamento do outro. Em homenagem ao método do UOL, que se pince aqui o mote de Lost in Translation (Encontros e Desencontros, 2003), dirigido por Sofia Coppola, com Bill Murray e Scarlett Johansson.
  No filme, os personagens principais encontram-se em Tóquio, perdidos por desconhecerem o idioma e os costumes locais. Por conta dessa aflição, no entanto, estabelecem uma parceria marcada pela cooperação e pela busca de seus verdadeiros sentimentos. Cientes da própria ignorância, buscam paciente e respeitosamente decifrar o lugar e seus habitantes.
  A obra cinematográfica oferece, sem pieguice, uma inteligente lição de civilidade. Trata-se de bom exemplo para quem, na hora de traduzir e comunicar, predispõe-se a trocar o embuste pela instrução.

2 -  COMEMORANDO GOL INEXISTENTE

19/01/12: Timãozinho jogou contra o América MG e venceu o jogo por 2x0. Mas o lixUOL inventou e comemorou gol dos mineiros em seu twitter.



PLACAR 

1 - RIDICULARIZOU O INTERESSE DO CORINTHIANS NA CONTRATAÇÃO DO RONALDO FENÔMENO 
  
A Placar, conhecido por suas revistas, circulou por um tempo seu próprio jornal. foi neste jornal que a Placar deu sua maior mancada: ridicularizou o interesse do Corinthians na contratação do Ronaldo Fenômeno. Isso aconteceu na edição do dia 27 de Novembro de 2008.

Com o título "Ataque de riso - Jornal Placar trata Ronaldo no Corinthians como o assunto merece", o jornal deu o maior tiro no pé de todas as suas edições.
Na página 10 do jornal, mais montagens e o título que cravou "Piada fenomenal. Ronaldo no Timão? Ele não vem. Mas você pode se divertir com isso..."Se vergonha matasse, a redação inteira da Placar teria morrido duas semanas depois, quando enfim, foi oficializado a vinda do Ronaldo Fenômeno. 



LANCE!

 
1 - CAPA DO LANCE! RJ PROVOCA O CORINTHIANS 

Praticamente o único jornal esportivo que ainda sobrevive, mas parece seguir o mesmo caminho infeliz de outros jornais. Hora com capas que ridicularizam o Corinthians, hora com ataques suicidas - como fez sua edição carioca que lançou na capa um "Chupa, Corinthians!" após a permanência do Dedé no Vasco. 

Capa do Lance! RJ de 26/01/2013
A capa rendeu protesto da Fiel e campanhas de boicote, e mais uma nota oficial do SCCP repudiando a cretinice do Lance!. Confira abaixo o pedido de desculpas (que não colou) do Lance! e a nota do SCCP

Nota da redação do Lance!
Em nenhum momento, obviamente, houve intenção deste LANCE! RJ de ofender o Corinthians ou sua imensa e Fiel Torcida.
 
A expressão "Chupa", como se sabe, faz parte do vocabulário do futebol. Está nos estádios, nos bares, na boca dos torcedores. A capa de sábado se propôs sim a ser provocativa, a expressar o sentimento da torcida do Vasco (por isso foi publicada apenas no Rio) como tantas outras que este diário fez ao longo dos seus mais de 15 anos de existência. Provocativa, sim, mas sem ofender. E aos que tiveram essa percepção, que se registre as nossas desculpas.
É comum, nas redações do Rio e de São Paulo, recebermos mensagens de que a cobertura do L! favorece a este ou aquele time. E é essa diversidade de opiniões que nos dá a tranquilidade e a convicção de que fazemos um jornalismo imparcial e independente, sem favorecimentos. Calcado, principalmente, no respeito às instituições que, como o Corinthians, constroem a história do nosso esporte. Calcado no respeito à paixão do torcedor, seja ele de que time for e onde ele estiver.
  
A carta aberta divulgada pelo site oficial do Corinthians:

Carta aberta aos jornalistas do Lance RJ

O jornal Lance, na capa da edição do Rio de Janeiro deste sábado, dia 26 de janeiro, tenta provocar o Corinthians com a manchete "Chupa, Corinthians!", sobre a permanência do zagueiro Dedé no Vasco da Gama.
Antes de falar sobre o mau gosto e o desrespeito da manchete, importante lembrar:
- O Sport Club Corinthians Paulista não fez nenhuma proposta oficial pelo defensor do Vasco.
- Nenhum dirigente do clube paulista entrou em contato com cartolas cariocas sobre o tema.
Esclarecido isso, a inveja e o mau gosto:
Seria inimaginável há poucos anos que um jornal do Rio de Janeiro desse tamanha importância a um clube de outro estado, dado que a população carioca é basicamente torcedora dos times do Rio e tem interesse principal nestas agremiações.
Se o maior jornal esportivo carioca o faz hoje é devido às recentes conquistas do Corinthians, dentro e fora de campo. Afinal, a provocação (de absurdo mau gosto, vale lembrar) não se deu porque o Corinthians foi derrotado em campo.
Caros jornalistas do Lance RJ, o Corinthians não luta para ter a maior receita de bilheteria, o maior contrato de televisão, os maiores de patrocínio master e fornecimento de material esportivo, a maior audiência da TV aberta ou a contratação mais cara do Brasil.
O Corinthians luta para ter o melhor para o Corinthians, para os seus 30 milhões de torcedores. É com eles que nos importamos. Se alguma recente conquista importante, dentro ou fora de campo, ofendeu aos jornalistas do Lance RJ, nossas sinceras desculpas.
Entretanto, o Lance ofendeu, sim, os milhões de torcedores do Corinthians com a ação, já que nossos canais de comunicação receberam muitos avisos sobre o ocorrido deste sábado.
Pedimos a todos os torcedores que não levem a provocação a sério. Com uma pitada enorme de mau gosto e inveja, o periódico carioca cometeu um enorme ato falho que para nós já está superado.
Afinal, o Corinthians tem acordo com Ministério Público de não provocar nenhuma torcida, o cumpre e sabe a enorme responsabilidade que tem sobre o tema.
Além de usar de mau gosto para ofender a torcida do Corinthians, os jornalistas do Lance RJ esqueceram também que o jornal é parceiro comercial do Corinthians. De forma conjunta, lançamos bons produtos para atender ao nosso torcedor, como as camisas retrô, por exemplo.
Por fim, a capa carioca do Lance de hoje une mau gosto, inveja, desrespeito ao torcedor, ao parceiro comercial em um capítulo triste do "jornalismo" esportivo.


 RECORD

  
ENQUETE PROVOCATIVA

A Recópia fez uma enquete bem provocativa através de seu portal R7. A emissora criou a enquete pouco tempo depois da eliminação corinthiana na pré-Libertadores. Em 2011 os clubes que disputavam a Libertadores não disputavam a Copa do Brasil, logo, a eliminação na pré-Libertadores deixou o Corinthians praticamente a espera do início do Campeonato Brasileiro. Eles não perderam a oportunidade pra provocar. Veja a reprodução da enquete abaixo.

Recópia fazendo a alegria geral dos anti corinthianos
2 - DESRESPEITO COM O ESCUDO DO CORINTHIANS 
Quando o Corinthians rejeitou a proposta de compra dos direitos de TV da Record e fechou o acordo televisivo com a Globo, a Recópia começou a retaliação, e de várias formas diferentes. Uma delas foi a forma como o escudo do Corinthians era exibido no site, bem menor do que o de outros clubes e sempre tombado. Vejam abaixo e notem a diferença.
Neste confronto e em todos os outros o escudo do Corinthians era minimizado e tombado.
TERRA


1 - ALARDE RIDÍCULO EM TORNO DO DANO SOFRIDO PELA TAÇA DA  COPA LIBERTADORES

A taça da Libertadores tem vários anos de história. Em várias ocasiões, sofreu danos e precisou ser restaurada. Mas nunca, NUNCA isso teve tanta cobertura da mídia quandto quando isso ocorreu ano passado. O tom das reportagens tratou do tema como se o Corinthians não tivesse o menor cuidado com o troféu, e ainda, como se a taça nunca tivesse sido danificada!
Folha de SP reforçou que o Corinthians levou "apenas 17 dias" pra quebrar a taça que tanto sonhou; enquanto o Terra tentou jogar a responsabilidade nas organizadas do Timão, sem qualquer evidência para tal afirmação.