sexta-feira, 10 de março de 2017

MAIS UMA GAFE? EU NÃO AGUENTO

MAIS UMA GAFE? EU NÃO AGUENTO
Em 64 nos foi dito, e a João Goulart, que o golpe não aconteceria.
Parte do exército estava nas mãos do General Amaury Kruel, amigo íntimo de Jango, e junto com as tropas gaúchas detonaria os paulistas e mineiros.
Havia milhares de grupos dos onze (células brizolistas) super armadas.
Havia as ligas camponesas, de Miguel Arraes, bem armadas e preparadas para a luta.
Havia armas na Central Geral dos Trabalhadores – CGT e muitos militares rebeldes, melancias, como eram conhecidos (verdes por fora mas vermelhos por dentro).
De surpresa, as tropas mineiras começaram a marchar para o Rio de Janeiro. Avisadas, as tropas fluminenses partiram na direção de Minas Gerais, para interceptá-las,
Chegando na cidade de Rezende, se essa velha cabeça ainda não está rateando, encontraram-se e confraternizaram-se.
Na época o comentário foi que Kruel tinha sido traído, depois se descobriu que foram muitas e muitas as malas com dólares, gentileza do governo norte americano, via seu embaixador, Lincoln Gordon.
Os milhares de grupos dos onze eram uns pouquíssimos, e desarmados.
As ligas camponesas estavam armadas de pás e enxadas e só.
Os milicos melancias foram os primeiros a serem presos, de surpresa, dentro dos quartéis ou em casa.
Para mais aumentar a cagada, a esquerda puxou uma greve geral, nacional, numa segunda-feira, e os veículos militares passearam pelas ruas sem uma viva alma, com os milicos ocupando universidades, sindicatos, redações de jornais e emissoras de rádio de esquerda... Sem ninguém dentro.
Primeira gafe, fiasco primeiro.
Emenda Dante de Oliveira. Costura-se devagarinho, alinhavava-se com cuidado, até se chegar a uma frente ampla, com a omissão da mídia, o país inteiro gritando diretas já, até que a mídia não teve como continuar fazendo vistas grossas, e aderiu também.
Tudo pronto, bateu caganeira nos milicos, as forças populares estavam fortes, poderiam fazer o presidente, que não respeitaria a anistia, punindo torturadores, mandantes e comandantes, investigando toda a corrupção fardada, e ameaçaram fechar de novo, acabar com a brincadeira, mandando a caganeira para os civis, e veio o acordão, o colégio eleitoral e Sarney, o senador biônico, presidente da ARENA, partido de sustentação política dos milicos.
Tivéssemos peitado e as diretas teriam vindo, e outra seria a história hoje.
Segunda gafe, fiasco segundo.
Veio o processo de impeachment, a esquerda, tanto a militância quanto as direções do PT e PC do B, não acreditou que passaria. Lula garantiu, dois dias antes, que tinha o controle do plenário, a própria Dilma estava segura de si, o deputado Tiririca garantiu a Lula, quase na hora da votação, que votaria contra o impeachment.
Não contávamos com a derrama de dinheiro, antes e no dia da votação, com promessas de pagamentos a serem realizados depois.
A Senadora Kátia Abreu, muito bem informada, porque do PMDB de Temer e Cunha, e da Bancada do Boi, avaliou, por baixo, em 50 bilhões, o custo do golpe aos cofres públicos, o que se confirmou quando, vitorioso o golpe, o golpista chefe, trairão, praticamente dobrou o déficit público.
Gritamos que se derrubassem Dilma “a favela ia descer”, o “exército vermelho do MST, de Stédile, ia tomar as cidades”, e não aconteceu nada.
Subestimamos, vimos só um processo de impeachment onde havia um processo de golpe em curso, com poderosas forças nacionais e internacionais por trás.
Terceira gafe, fiasco terceiro.
Primeiro perdemos o nosso estrategista, e eminência que agia nos bastidores, elaborando táticas e estratégias políticas e administrativas, José Dirceu.
Com a queda de Dilma, perdemos o poder de fato, mas nem tudo está perdido, ainda temos o poder de direito, na medida em que Lula é uma alternativa de retomada do poder por forças populares e está liderando as pesquisas de intenções de votos.
O golpe só estará consolidado com Lula afastado da corrida presidencial, condenado em segunda instância, com mais de uma sentença desfavorável ou pela via legislativa, com a aprovação da chamada PEC Barra Lula.
Moro marcou depoimento de Lula pata o dia 3 de maio, em Curitiba.
Imediatamente as redes sociais se agitaram, com os comentários de que iriam caravanas de todo o Brasil para Curitiba, no dia do depoimento.
Moro voltou atrás, o depoimento será por videoconferência. Não se iludam, a pressão norte americana sobre Moro está enorme, o desgaste dos golpistas vai aumentar, a pauta econômica deles é de miséria para o povo.
O plano é simples: caravanas demandam tempo para organizar. Moro mantém a videoconferência até um ou dois dias antes do depoimento, convocando a presença de Lula, sem pressão popular, quando deverá prendê-lo.
Vamos nos mobilizar, será a última chance de evitarmos mais uma gafe, o fiasco definitivo.
Francisco Costa
Rio, 09/03/2017.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Xadrez da sinuca de bico da mídia O XADREZ DO GOLPE SEX, 03/03/2017 - 06:54 Luis Nassif

Os jornais estão entrando em uma encrenca cada vez maior.
Diz-se que o jornalismo é o exercício do caráter. Especialmente no jornalismo opinativo e na linha editorial dos jornais, o caráter é ponto central. Constrói-se o caráter de cada publicação analisando seu apego aos fatos, sua generosidade ou dureza de julgamento, sua capacidade de mediação ou parcialidade gritante. E, principalmente, sua credibilidade, o respeito com que trata a informação. Houve um bom período em que mesmo os adversários mais ferrenhos do Estadão respeitavam a seriedade com que tratava os fatos.
Desde que a mídia brasileira caiu de cabeça no pós-verdade e no jornalismo de guerra, esse quadro mudou.
No Olimpo da mídia de massa, há dois tipos de jornalistas e de celebridades: os que seguem cegamente a linha criada pelos veículos; e os que já têm ou caminham para ter personalidade própria, inclusive para se contrapor aos movimentos de manada.
Nesse grupo abrigado pela mídia, pequeno, mas influente, há um mal-estar crescente em relação ao governo Temer, à parcialidade da Lava Jato e ao próprio esforço da mídia em dourar a pílula do governo com um jornalismo eminentemente chapa-branca.
Por outro lado, após perder os leitores de esquerda, a velha mídia começa a perder os de direita, que se agrupam em torno de outros veículos. E está diante de um grave problema moral e jornalístico: qual a cara dos jornais? Que tipo de pensamento eles representam? Qual é seu caráter?
A imagem que passam é dúbia. E a aproximação com Temer agravou radicalmente esse quadro:
1.     Eu sei, os jornais sabem, a torcida do Flamengo sabe que o governo Temer é eminentemente corrupto.
2.     Mesmo assim, os jornais teimam em apoiá-lo, depois de justificar o impeachment como combate à corrupção.
Como pretendem se diferenciar dos blogs e sites jornalísticos sem tradição? Publicando artigos sobre a pós-verdade e, ao mesmo tempo, continuando adeptos incondicionais do jornalismo de guerra? E, agora, perdendo qualquer veleidade de encenação de superioridade moral, apoiando uma plutocracia unanimemente reconhecida como corrupta.

Peça 2 – o jornalismo chapa-branca

A maneira como os jornais atuam, sempre de forma concatenada, é sinal indiscutível de uma articulação, como a de um cartel combinando preços.
Analisem os jornais de hoje. Todos batem em três teclas simultaneamente: a de melhoria da economia e a leitura enviesada do depoimento de Marcelo Odebrecht, e a repetição das denúncias contra o PT, todas buscando beneficiar o governo Temer.
A crise está longe de ser vencida. Persiste a crise fiscal da União e dos estados, os principais setores – como o automobilístico – amargam quedas recordes, o pior bimestre nos últimos 11 anos, o desemprego avança de forma avassaladora. E a cada dia que passa mais se escancara a natureza fundamentalmente corrupta do governo Temer.
Como gerar notícias positivas?
Valor Econômico, que já praticou um jornalismo mais objetivo, recorre a uma entrevista com Michel Temer e transforma em manchete sua “previsão”: “Temer aposta em alta do PIB acima de 3% em 2018” (https://goo.gl/tMvvs5). Fantástico! Um deputado que jamais se interessou por temas econômicos, que não tem nenhum histórico de previsões ou cenários, “aposta” em PIB acima de 3% e a aposta merece manchete principal do jornal.
Já a Folha prefere transformar a pessoa física de Temer em “gestão Temer”, e coloca na manchete principal a extraordinária informação de que a gestão vê retomada da economia e diminui corte orçamentário. E quais os indicadores? A informação de que a arrecadação continua caindo, sim, mas em ritmo mais lento. Ou seja, após 8% de queda do PINB, ainda não se chegou ao fundo do poço.
Em outros cantos, o jogo de previsões sombrias de que a saída de Temer poderia comprometer a salvação nacional, que são as reformas constitucionais empurradas goela abaixo da população – e, por isso mesmo, extremamente vulneráveis a futuros governos.
Assim, o jornalismo econômico e político na velha mídia fica dependendo de alguns raros praticantes de jornalismo efetivo, como José Paulo Kupfer, do Globo, e Vinicius Torres, da Folha. Ou ainda de analistas políticos escondidos pelo jornal, como José Roberto Toledo, do Estadão, ou, menos escondida, Maria Cristina Fernandes, do Valor e Bernardo Mello Franco, da Folha, Kennedy Alencar, da CBN. E os referenciais de sempre, como Jânio de Freitas.

Peça 3 – a desinformação de quem informa

Esses contrapontos são utilizados pelos jornais não como elementos de análise, mas como exemplo restritíssimo de biodiversidade política. No fundo, a inteligência interna, a visão estratégica dos veículos é tão rasa quanto a do público que cultivam, tal o desleixo com que trabalham as notícias, tal a mesmice das análises econômicas e políticas, sem nenhum controle de qualidade, nenhuma punição aos grandes erros factuais, e nenhuma visão de futuro.
Foi esse mesmo espírito que levou, no início de 1999, as empresas jornalísticas à maior crise da história porque acreditaram em suas fontes do mercado financeiro – e, muitas delas, em seus colunistas financeiros – de que não haveria desvalorização do real.
Agora, incorrem na mesma falta de visão estratégica, no simplismo de quem não consegue analisar os múltiplos desdobramentos do quadro econômico e político e, especialmente, as resultantes da própria ação midiática.
Mesmo estando em jogo o futuro do jornalismo e deles, como empresas, são incapazes de montar um conselho diversificado, capaz de traçar cenários minimamente complexos para orientar as estratégias editoriais. Subordinam-se à cartelização, provavelmente montada dentro do fórum do Instituto Millenium, que é a melhor maneira de minimizar responsabilidades: afinal, se houver erros, será coletivo. Para quem não sabe o que fazer, não deixa de ser um consolo.
Se não houver uma correção de rumos, se terá o seguinte quadro pela frente:
1.     A velha mídia vai continuar bancando um plano econômico sem nenhuma condição de superar a crise. O plano não tem nenhum componente anticíclico. Vai apenas prolongar a recessão e aprofundar as tensões sociais e políticas.
2.     Passar o desmonte da Previdência e do fim dos direitos sociais, sem nenhuma espécie de negociação, em um quadro de ampla recessão, é jogar gasolina na fogueira.
3.     Como intermediária e avalista da Lava Jato e, agora, de Temer perante a classe média, conseguirá se desmoralizar cada vez mais perante seu público, a exemplo do que está acontecendo com seus candidatos do PSDB, nenhum deles em condição competitiva para 2018. Apesar de merecer esse fim, não é bom para o país. Será o fracasso definitivo da sociedade civil, uma das últimas formas de articulação da institucionalidade, embora profundamente corroída por anos de discursos de ódio.

Peça 4 – o desafio das delações da Odebrecht

É assim, sem nenhuma visão, que a mídia entrará agora na cobertura das delações da Odebrecht.
Já está delineada uma estratégia para impedir que a Lava Jato chegue nos seus.
1      A denúncia dos abusos cometidos no período anterior, no qual as vítimas foram Lula e o PT. O destaque dado pelo Estadão à entrevista do ex-Ministro Nelson Jobim – no qual ele desanca as ilegalidades da Lava Jato e reclama da falta de punição aos abusos mais ostensivos – com mais de um ano de atraso.
2      A parceria renovada de Jobim com Gilmar Mendes.
3      Os inquéritos internos contra os delegados da Lava Jato, pela colocação de escuta clandestina na cela de Alberto Yousseff e outros. Até agora empurrou-se com a barriga o inquérito. Bastará trata-lo com seriedade para se enquadrar os dois principais delegados da Lava Jato. Que, assim como José Serra, decidiram abdicar de seus cargos em Curitiba e buscar paragens mais amenas.
4      O jogo de postergações de inquéritos envolvendo os parceiros da mídia e da Procuradoria Geral da República (PGR).
Todos esses movimentos são carne fresca a alimentar o leão das ruas, que vem embalando os sonhos de Bolsonaro, ou os sonhos com o general Villas Boas

quarta-feira, 1 de março de 2017

A quadrilha no Governo e a dos cúmplices

Aprendendo a observar/O poder dos animais

APRENDENDO A OBSERVAR - Contam alguns biólogos e observadores da natureza que o instinto dos animais age para sua preservação. Nos chamados acidentes da natureza sentem e se previnem. Isso se dá em terremotos, maremotos e até na ocorrência do tsunami se registrou que grande parte da fauna se havia afastado da faixa litorânea e sobrevivido por isso. Nós,que nos damos foro de racionais não compensamos com pretensão de termos acuidade cerebral nem um pouco desses instintos. VEJA-SE que tivemos sinais públicos, luminosos e sonoros de que seríamos atacados, e com dicas de como isso se daria.
TODOS SABEMOS QUE A FAMIGERADA GLOBO É PONTA DE LANÇA ou OLHEIRA E PREPOSTA DOS EUA. Pois, ela mostrou com sua ação qual seria a estratégia de seu patrão para nova invasão - OS TOGADOS ! TODOS VIMOS ELA PROMOVER O MEDONHO JB com transmissão do patético julgamento, tendo-o elevado a vedete do dia, como capa de revistas, biografias românticas etc. TODOS vimos o mesmo expediente usado com o sucessor, tal moro-banestado, guindado a gente mesmo depois de assessorar uma condenação sem provas.
Assim como assistimos a lacrimosa entrega de colar de mérito a carmem-lúcifer... precisava mais sinais? DEU-SE O QUE VIMOS... por meio da tradicional entrega de malas via fiesp (ou assemelhadas), o INIMIGO COMPROU TODAS AS TOGAS, ou ao menos as que lhe permitiu coordenar o GOLPE que ROUBOU OS ELEITORES BRASILEIROS para colocar seu nefandos capachos no conluio TOGADOS+FARDADOS+DEGENERADOS. Pode-se falar o que quiser, mas tivemos esse aviso. ISSO MOSTRA QUE NÃO TEMOS A ESPERTEZA INSTINTIVA DOS ANIMAIS PARA NOS PREVENIRMOS. Perdemos long
e com nossa pretensão de ser mais evoluidos !!! Por Sergio Arruda