sexta-feira, 13 de maio de 2016

EU FALEI QUE ISSO IA DAR MERDA - ORIGINAL. Estou falando hoje(13/05/16) pra ninguém deixar de ter atenção

Quarta-feira, 11 de Maio de 2016 Temer será um serviçal dos ricos, afirma Greenwald

O jornalista que agitou o período de debates sobre o impeachment ao entrevistar Lula e revelar ao mundo que um golpe estava em curso no Brasil volta a carga nesta quarta-feira (11) quando será julgado pelo Senado o impeachment da presidenta Dilma. Em artigo publicado no The Intercept, Greenwald faz uma análise dos processos que se iniciaram com a primeira vitória de Lula pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em 2002, e que culminam hoje com o iminente afastamento de uma presidenta eleita legitimamente com mais de 54 milhões de votos, sem as provas devidas que poderiam livrar o impeachment da clara inclinação golpista que assumiu.

"Em suma", escreve o jornalista, "o PT ganhou quatro eleições nacionais seguidas - a última tendo ocorrido apenas 18 meses atrás. Seus oponentes têm vigorosamente tentado - e falhado - em derrotá-los nas urnas, em grande parte devido ao apoio ao PT entre as classes pobres e trabalhadoras do Brasil".

"Então, se você é um plutocrata com a posse dos maiores e mais influentes veículos de mídia do país, o que você faz? Você dispensa a democracia toda - afinal, ela continua empoderando candidatos e políticas que você não gosta -, explorando seus meios de comunicação para incitar distúrbios e, em seguida, instalar um candidato que nunca poderia ser eleito por conta própria, mas que vai servir fielmente a sua agenda política e ideologia", continua Greenwald.

​O autor chama a atenção ainda para o fato de que, ao contrário do impeachment na maior parte dos outros países com sistemas presidencialistas, o provável sucessor de Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), é de um partido diferente do da presidenta eleita.

"Neste caso em particular", diz o jornalista, "a pessoa a ser instalada [Temer] está afundada em corrupção: acusado por informantes de envolvimento em um esquema ilegal de compra de etanol, ele só foi considerado culpado e só foi multado por violações de gastos eleitorais e enfrenta [o risco de] ficar 8 anos sem concorrer para qualquer cargo. Ele é profundamente impopular: apenas 2% o apoiariam para presidente e quase 60% querem que ele seja impedido (o mesmo número que apoia o impeachment de Dilma). Mas ele vai servir fielmente aos interesses dos mais ricos do Brasil: ele está planejando nomear funcionários da Goldman Sachs e do FMI [Fundo Monetário Internacional] para administrar a economia e, de outro lado, instalar uma equipe totalmente não representativa e neoliberal (composta em parte pelo mesmo partido - PSDB - que perdeu 4 eleições seguidas para o PT)."

Greenwald, que entrevistou recentemente o ex-presidente Lula, faz questão de ressaltar que "nada disto é uma defesa do PT". Pelo contrário, ele reconhece que o partido "está repleto de casos graves de corrupção" e que Dilma, "em muitos aspectos críticos", tem feito um governo que deixa a desejar e é "profundamente impopular".

No entanto, qualquer solução para estes problemas deve passar pelo crivo popular do voto democrático, lembra o jornalista, ao invés de recorrer a estratégias golpistas.

"Qualquer estrago que o PT esteja fazendo no Brasil, os plutocratas e seus jornalistas-propagandistas e a quadrilha de ladrões em Brasília que arquitetam essa farsa são muito mais perigosos. Eles estão literalmente desmantelamento - esmagando - a democracia no quinto maior país do mundo", escreveu o jornalista norte-americano radicado no Rio de Janeiro.

​Greenwald destaca especialmente o papel das "elites de mídia brasileiras" neste processo. Segundo ele, as grandes corporações midiáticas justificam o golpe apelando a um suposto combate à "corrupção" e a uma suposta defesa da "democracia".

"Como qualquer um que seja minimamente racional pode acreditar que isso é sobre 'corrupção' quando eles estão prestes a instalar como presidente alguém muito mais implicado na corrupção do que a pessoa que eles estão removendo, e quando as facções que serão empoderadas são corruptas além do que pode ser descrito?", pergunta o autor do artigo.

Ainda segundo Greenwald, a plutocracia na oposição tem medo de colocar Temer no mesmo bote do impeachment porque a perspectiva de convocar novas eleições gerais no país seria o mesmo que enfrentar o risco de ver Lula novamente empossado pelo voto popular.

"Como alguém que vive no Brasil há 11 anos, tem sido inspirador e revigorante assistir a um país de 200 milhões de pessoas jogar fora os grilhões de uma ditadura militar de direita de 21 anos (apoiada pelos EUA e pelo Reino Unido) e virar uma democracia jovem e vibrante e depois prosperar sob ela. Ver quão rapidamente e facilmente ela pode ser revertida - abolida em tudo, menos no nome - é ao mesmo tempo triste e assustador de assistir", concluiu Greenwald.

Novo (?) Ministro Chefe do CSI. Eles estão de volta. Cuidado

Fernando MoraisSeguir
5 h
tirando a máscara do governo de salva cão nacional.
eu estava há alguns dias em busca de um verbete-capivara do general sérgio etchegoyen, desde ontem ministro-chefe do gsi de temer, e de sua inacreditável árvore genealógica. e eis que me chega, via facebook, esta pérola produzida pelo cláudio camargo. só os dois ps finais são de minha autoria.
Não terá sido por acaso que o escolhido por Temer para chefiar o Gabinete de Segurança Institucional tenha sido o general Sérgio Etchegoyen. Ele ganhou notoriedade dois anos atrás ao assinar, com a família, uma nota contra as conclusões da Comissão Nacional da Verdade contra seu pai, o general Leo Guedes Etchegoyen, acusado de violação de direitos humanos na ditadura.
Leo Guedes Etchegoyen foi secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul logo depois do golpe de 1964. Nesta condição, recebeu o americano Dan Mitrione, especialista em métodos de tortura contra presos políticos, para ministrar aulas à polícia do Estado. Posteriormente, foi assessor do ditador Emílio Garrastazu Médici e chefe do Estado Maior do II Exército, quando esta unidade era comandada pelo torcionário general Milton Tavares, o sinistro “caveirinha”. Como chefe do Estado-Maior, Etchegoyen fez rasgados elogios ao tenente-coronel Dalmo Cyrillo, um dos maiores torcionários do DOI-Codi do II Exército.
Já o coronel Cyro Guedes Etchegoyen, tio do general Sérgio, foi chefe da seção de Informações e Contrainformações do Centro de Informações do Exército (CIE), também sob as ordens de Milton Tavares. Segundo depoimento do coronel Paulo Malhães à CNV, Etchegoyen era a autoridade do CIE responsável pela Casa da Morte, em Petrópolis (RJ).
O avô de Sérgio, o general Alcides Etchegoyen, anticomunista furibundo, sucedeu o facínora Filinto Müller na chefia de Polícia do Distrito Federal na ditadura do Estado Novo. Ele liderou a chapa dos entreguistas que venceu a eleição do Clube Militar em 1952 contra o general nacionalista Estillac Leal. Nestas condição, lutou contra a criação da Petrobras e esteve entre os golpistas que tentaram impedir a posse de Juscelino Kubitschek, em 1955, mas foram barrados pelo contragolpe do general Lott.
ps.: o general sergio etchegoyen deveria passar para a reserva dentro de dois meses. de pijama só teria autoridade sobre os netos. tentando evitar o iminente ostracismo, o general articulava, com o apoio de washington-dc (onde ele serviu como adido militar durante os dois últimos anos do governo fhc)), para ser nomeado para um posto mais modesto, o de chefe do estado-maior conjunto das forças armadas. ganhou coisa muito melhor: o cargo de ministro-chefe do gsi. há ministros dos evangélicos, ministros da bala, ministros do boi. o general-de-exército sergio westphalen etchegoyen é o representante dos estados unidos no “governo de salva cão nacional”
ps2: o dan mitrione a que se refere o claudio camargo era um norte-americano, professor de tortura da cia que atuou no brasil e, depois, no uruguai. foi executado pelos guerrilheiros tupamaros em montevidéu no dia 10 de agosto de 1970

sexta-feira, 13 de maio de 2016 O “ministério de notáveis” corruptos Por Altamiro Borges

A mídia golpista até tentou embelezar o governo do Judas Michel Temer. Difundiu que o "presidente interino" anunciaria um "ministério de notáveis" logo após a confirmação do golpe contra Dilma na infame votação do Senado. Mas bastou o vice-impostor tomar "posse" nesta quinta-feira (12) para a primeira foto oficial estampar a composição reacionária, machista e corrupta do novo governo. Dos 23 ministros empossados - todos homens, brancos e ricos -, a maioria tem processos na Justiça. São políticos mais sujos do que pau de galinheiro. Confira a biografia - ou ficha corrida - de alguns dos "notáveis" corruptos, direitistas e oportunistas do governo golpista:


1- Eliseu Padilha (Casa Civil)

O peemedebista gaúcho faz parte do núcleo íntimo de Michel Temer. Já foi investigado por ocultação de bens, formação de quadrilha, corrupção passiva, peculato, improbidade administrativa e acusado de irregularidades quando era secretário do Trabalho do governador Antonio Brito (PMDB). Em 2014, ele voltou a ser réu no famoso "escândalo dos precatórios", sendo acusado de causar prejuízos aos cofres públicos em acordos celebrado pelo extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Eliseu Padilha também é alvo de ações no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) e tem seu nome citado em processos nos Tribunais Regionais Federais da 1ª e da 4ª Região, no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

2- Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo)

Outro integrante do núcleo de poder do presidente golpista, o peemedebista baiano ganhou fama no escândalo dos "anões do orçamento", em 1993. Ele foi acusado de manipular emendas parlamentares com o objetivo de desviar dinheiro através de entidades sociais fantasmas ou de empreiteiras. Essa relação promíscua com empresários corruptos também rendeu outras graves denúncias. Mensagens apreendidas recentemente pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato revelaram que o chefão do PMDB teria usado sua influência política para atuar em favor dos interesses da construtora OAS.

3- Henrique Eduardo Alves (Turismo)

Outro peemedebista ligado intimamente a Michel Temer, o político do Rio Grande do Norte é alvo de ação civil por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito movida pelo Ministério Público Federal. Recentemente, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de inquérito contra a velha raposa com base nas trocas de mensagens entre o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o dono da OAS, Léo Pinheiro. Em dezembro de 2015, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento de Henrique Eduardo Alves, em Natal (RN). A ação fez parte das investigações da Lava-Jato e a ordem das buscas partiu do STF. Além disso, durante dois anos o Tribunal de Contas da União (TCU) investigou o ex-presidente da Câmara Federal por suspeitas de utilizar o seu cargo para obter contratos com órgãos públicos e empresas estatais.

4- Moreira Franco (Coordenação de Infraestrutura)

Homem de confiança do Judas, o peemedebista carioca já protagonizou vários casos escrabrosos. Em 1982, quando candidato ao governo do Rio de Janeiro, ele foi acusado de tentar fraudar as eleições no famoso "escândalo Proconsult". Na época, o correntista suíço Eduardo Cunha já era um dos auxiliares do novo ministro. 

5- Romero Jucá (Planejamento)

O senador do PMDB de Roraima possui longa ficha corrida. Da compra de votos ao desvio de verbas públicas, passando por empréstimos ilegais em bancos públicos, ele é formalmente investigado pelo STF na Operação Lava-Jato. O seu nome aparece em acordos de delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez e da UTC, que o acusaram de receber propina e doações eleitorais para interferir em favor das empreiteiras em contratos da Eletronorte e Eletronuclear. Ele também foi mencionado na Operação Zelotes, sendo acusado pelo lobista Alexandre Paes de cobrar cerca de R$ 15 milhões para aprovar emendas de interesse do setor automotivo. Como presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Romero Jucá foi alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), acusado de cobrar propina para permitir a exploração ilegal de madeira em terras indígenas.

6- Alexandre Moraes (Justiça)

Um dos tucanos a compor o novo governo, ele ganhou fama como secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin por sua truculência contra os estudantes que ocuparam as escolas estaduais. Em entrevista, Alexandre Moraes tratou os protestos dos movimentos sociais como "atos de guerrilha". Reportagens divulgadas em 2015 revelaram que seu nome aparecia, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, como advogado em pelo menos 123 processos na área civil em favor da Transcooper - empresa acusada de promover lavagem de dinheiro para a quadrilha criminosa do PCC. Como advogado, Alexandre Moraes também defendeu um ex-diretor da Siemens envolvido no esquema de propinas do cartel de trens em São Paulo, o famoso "trensalão".

7- José Serra (Relações Exteriores)

Eterno derrotado em eleições presidenciais, o senador paulista é o mais importante quadro do PSDB no governo golpista. Apesar da blindagem da mídia amiga, seu nome já despontou em vários casos de corrupção. Durante o triste reinado de FHC, ele foi o mentor do criminoso processo da privatização das estatais. O livro "A privataria tucana", do jornalista Amaury Ribeiro, traz farta documentação do desvio de recursos públicos para os paraísos fiscais. Filha, cunhado e outros parentes do grão-tucano foram beneficiados na venda do patrimônio público. José Serra também deu início as negociatas com as multinacionais do setor de transporte de São Paulo, no escândalo conhecido do "trensalão tucano".

8- Bruno Araújo (Cidades)

O deputado federal do PSDB de Pernambuco, que ficou famoso ao dar o voto 342 no impeachment de Dilma, teve o seu nome grafado na planilha de pagamentos do "departamento de propina" da Odebrecht na Operação Lava-Jato.

9- Blairo Maggi (Agricultura)

O senador do PR do Mato Grosso, intitulado de "rei da soja", recebeu o "prêmio motosserra de ouro" por suas práticas de desmatamento ilegal. Segundo o Greenpeace, ele é responsável por pelo menos metade da devastação ambiental brasileira entre os anos de 2003 e 2004. Já o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) indica que Blairo Maggi e sua família concentram 45.115 hectares de terra, espalhados por 29 propriedades rurais. O latifundiário também tem em seu currículo inquéritos na Justiça. Entre outros processos, ele é investigado pelo Ministério Público Federal no inquérito aberto pelo STF para apurar os indícios da prática do crime de lavagem de dinheiro.

10- Maurício Quintella Lessa (Transportes)

O deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR-AL) responde por processos judiciais, tanto no STF quanto no TRF. No Supremo, ele é algo de inquérito que apura peculato. Já no TRF, na Seção Judiciária de Alagoas, o parlamentar foi condenado por improbidade administrativa com dano ao erário e enriquecimento ilícito. De acordo com a sentença, o parlamentar participou de esquema para fraudar licitação para aquisição de merenda e transporte escolar em troca de propina, no período em que ocupou o cargo de secretário estadual de Educação.

11- Mendonça Filho (Educação e Cultura)

O líder do DEM está na lista da construtora Odebrecht apreendida pela Polícia Federal na 23ª fase da Lava-Jato, batizada de "Operação Acarajé". A planilha traz nomes de políticos que foram candidatos em 2014 e receberam repasses da empreiteira. Mendonça Filho responde também por irregularidades na prestação de conta junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), na condição de presidente estadual dos demos.

12- Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário)

O deputado gaúcho já teve que responder ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul por irregularidades em suas gestões na Secretaria de Saúde e na prefeitura de Santa Rosa. Além disso, ele já foi alvo de inquérito no STF por suspeita de crime de sonegação de documentos e ainda pode ser investigado pelo STF por ter o seu nome citado em mensagens apreendidas pela Polícia Federal no celular do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de prisão na Lava Jato.

13- Ricardo Barros (Saúde)

O deputado paranaense é investigado no STF por indício de direcionamento em licitação pública. Ele até tentou abortar a apuração, mas o ministro Luiz Fux aprovou o pedido da Procuradoria-Geral da República contra o parlamentar. Gravações telefônicas feitas em 2011 pelo Ministério Público do Paraná, com autorização da Justiça, trazem Ricardo Barros orientando um secretário da prefeitura de Maringá (PR) a construir um “acordo” entre duas agências de comunicação que disputavam licitação de publicidade da administração municipal, no valor de R$ 7,5 milhões.

14- Sarney Filho (Meio Ambiente)

Filho do ex-presidente, ex-governador ex-senador José Sarney, o deputado maranhense é investigado pelo Ministério Público por usar passagens áreas para voar ao exterior com a mulher e o filho. Além disso, ele foi atingido pela Lei da Ficha Limpa, mas conseguiu driblar a Justiça e se candidatar à Câmara Federal. Ele também foi condenado, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, a pagar multa por prática de conduta vedada.

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