sábado, 1 de novembro de 2014

AÉCIO NO ESPELHO ; WASHINGTON LUIZ DE ARAÚJO 31 DE OUTUBRO DE 2014 ÀS 07:35

Significado de Infâmia
s.f. Particularidade ou característica de infame; indignidade.
Que deixou de possuir fama; sem crédito nem honra; desonra.
Que agride a honra ou a reputação de (algo ou alguém); calúnia.
Aquilo que agride a honra ou a reputação de; ofensa.
Comportamento vergonhoso; baixeza.
(Etm. do latim: infamia.ae)
Mau perdedor, o candidato à presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta semana que perdeu pelo fato de a campanha adversária ter sido repleta de infâmia e mentira.  Mentiu novamente. Na verdade, deu-se o contrário.
 Desde o primeiro momento, a sua campanha é que foi pautada pela prática de infâmia e mentiras e manifestações preconceituosas.
Nas redes sociais, seus eleitores só utilizavam palavrões contra a presidenta candidata e aqueles que declinavam seu voto para ela.
Este texto seria muito extenso se fôssemos enumerar todas as mentiras e infâmias que utilizaram durante estes dois meses.
Da tentativa de confundir os eleitores sobre a data do segundo turno, quando o aecista Romeu Tuma, um homem que se diz da lei, publicou nas redes sociais que a votação para o seu amigo seria no dia 26 de outubro e a de Dilma na outra semana, ao “envenenamento” do doleiro, cuja suposta fala envenenou as eleições contra a presidenta da Dilma e ao apoio incondicional e aproveitamento da infame, esta sim, reportagem(?) da revista Veja, Aécio propôs-se a contaminar tudo para tentar ganhar as eleições.
 De sua própria boca, saiu a inverdade de que os Correios o prejudicavam na entrega de material de propaganda. Provado documentalmente a licitude dos Correios, o TSE obrigou até a retirada de um vídeo na Internet que levava a crer que um carteiro cometia ato ilícito ao entregar material de propaganda de Dilma, quando, na verdade, a empresa o fez para todos os candidatos que a contrataram para o serviço. Estritamente dentro da lei.
Esses e outros fatos, aliados ao preconceito contra o nordestino e o pobre, estampado pelas redes sociais e publicado até por alguns jornalistas amigos, além da fala do ex-presidente FHC de que os eleitores do PT eram pobres e ignorantes, tornaram esta a campanha mais suja desde 1989.
O ex-candidato e agora atual perdedor não enumera uma mentira ou infâmia assacada contra ele. Pois sabe que, se apresentar, será desmentido pelos fatos.
Eu me pergunto como pôde um personagem como Aécio Neves ter sido alçado, de repente, à condição de herói nacional por algumas pessoas. Provavelmente nunca encontrarei uma resposta satisfatória para essa pergunta.
É emblemático que ele venha a público depois de perder nas urnas para dizer que sofreu com mentiras e infâmias. Sofreu, sim. Sofreu tanto com as mentiras e infâmias praticadas por sua campanha que perdeu. Campanha que morreu envenenada pelo próprio veneno.
Em “Dom de iludir”, Caetano Veloso dá continuidade à música “Pra que mentir”, de Noel Rosa e Vadico, e diz que “você diz a verdade e a verdade é o seu dom de iludir”. Quem dera Aécio tentasse iludir pela vertente da veracidade, pois ele mente e não tem nenhum dom de dizer a verdade.

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